Aos amigos e colegas

Aos amigos e colegas


Este é um blog que fala sobre coisas simples.
Simples como nossas vidas, como a maioria de nossos sonhos. Simples como nosso quotidiano.
Apreciar a simplicidade da vida e ainda assim achá-la bela nem sempre é tarefa fácil. Hoje temos milhares de coisas à nossa volta e cada vez se torna mais complicado parar, pensar, relembrar... Nostalgia? Talvez. Mas nunca acreditei muito naquele ditado que diz que "quem vive de passado é museu". Somos aquilo que aprendemos, somos aquilo que sofremos, e são essas experiências que nos fazem melhorar como seres humanos. Somos caleidoscópios de momentos... Somos esse quebra-cabeças que nem nós mesmos entendemos.
É bom dar asas às fantasias, e as vezes nos vermos meninos, e brincarmos como tal.
É isso que quero compartilhar com vocês neste blog: as vivências, as lembranças, as brincadeiras, as histórias. Vamos voltar um pouquinho a ser crianças, e se for preciso rir, vamos rir, se for preciso chorar, vamos chorar. O tempo passa rápido demais para nos privarmos dessas sensações.
Abro aqui espaço para quem quiser participar, postar suas mensagens, histórias, experiências. Abro espaço também para aqueles que como eu têm gosto pela literatura, para os que escrevem e queiram postar seus textos, e também como eu, queiram divulgar suas publicações.
Acima de tudo espero conseguir através desse blog fazer novos amigos e estreitar os laços com os que já estão próximos.
Talvez isso soe sentimental demais, eu até piegas para alguns. Mas quem nunca foi, que atire a primeira pedra.

Abraços

Carlos P. Santos



sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Logos Infinito


Mais um outono...
Aquela época sua ventura era superior a tudo.
Lembra-se? Corríamos em direção ao sol, a fidedigna luz estava sempre à frente de nosso escopo.
Nas noites de lua cheia a nossa alma brilhava mais que a aura da própria lua.

Mas tudo extingue-se com o tempo.
A lua desvanece conforme o caminhar das nuvens
Felicidades cessam.
Prosperidade e glórias acabam.

o outono se acabou
Suas pálpebras encostaram-se uma à outra
seu brilho foi extinguido.

Sobrou-me apenas memórias.
Agora acompanho o despedaçar de minha flor de lótus
entrelaçando minha vida ao seu espírito agora mórbido.
(nos veremos em breve!)

Anderson Lucas

sábado, 6 de outubro de 2012

Sonhos de Papel



PRELÚDIO

                Chamava-se Brasil aquele menino que não dormia em berço esplêndido, mas que nascera num catre imundo. Morava, às margens de um  riacho de águas visguentas, que num gemido quase imperceptível de dor, corria a céu aberto, empesteando os ares da favela. Do heróico brado do povo, que clamava por justiça social, nem o eco mais se escutava, mas os raios fúlgidos da liberdade espiavam pelas frestas do casebre construído de latas, e restos placas de propaganda política, onde exuberantes bigodes coroavam sorrisos cheios de simpatia.

                O mundo estava lá fora, a pátria amada. A tramela era frágil, a mãe há dois dias não aparecia. Conquistaria, então, a liberdade com seus braços fracos, emagrecidos pela fome.  Usando de toda a sua força, o moleque Brasil arrastou um caixote para perto da porta, abriu a tramela, livrando-se assim dos laços que o prendia naquele letargo. Ó pátria amada, idolatrada!, gritou o moleque, calças verdes, camisa amarela, enquanto admirava  uma constelação em forma de cruz, pregada no alto dos céus com cravos de estrelas.

                Queria ser bombeiro, queria ser polícia, jogar futebol, queria pular carnaval; apagar fogo nas grimpas de um edifício, usar uma farda amarela, escutar o olé de uma torcida histérica quando marcasse um gol, sambar pela avenida a dança que trazia no sangue.

                É a ti, menino Brasil, calças curtas, camisa rasgada, pés descalços, que procurei retratar nesta humilde obra, cuja inspiração fui buscar pelas ruas, onde o vi correndo atrás de uma bola, engraxando sapatos, sentado sobre uma caixa onde estava tatuado um caminhão vermelho; onde o vi correndo, dobrando a esquina, e confundindo-se com tantos outros; onde o vi dançando ao som de uma lata, que lhe servia de tamborim; onde o vi tiritando no banco da praça, enquanto mastigava um pedaço de estrela, retirada do manto azul que cobria seu frágil e debilitado corpo, numa noite de inverno; onde o vi  ser aclamado com “hosanas”, montado em pelo, num burrinho, num domingo de ramos; onde o vi, depois de tudo isto, ser crucificado por uma política social injusta e criminosa.

                Em recompensa, quase que num “in memorian”, fui buscá-lo nas ruas, menino Brasil, e fiz com que, ao menos aqui, seu sonho pudesse se tornar em realidade. È bonito vê-lo trabalhando, ostentando sua farda cor das riquezas deste seu xará que se chama Brasil país, Brasil nação, Brasil pátria, este nome que corre também em seu sangue, menino engraxate, menino polícia, menino bombeiro, menino que sonha; este nome que arrepia nossa espinha, e nos deixa mole para chorar, ou valentes até a morte para defender a sua soberania de qualquer ultraje.

                É bonito vê-lo trabalhando, pulando de estrela em estrela nas alturas, apagando o fogo de suas paixões. E vê-lo assim, enche-me o coração de esperanças, pois um dia, esta mãe gentil, - refiro-me agora à Pátria, e não à sua mãe que o abandonou – voltará, e o acolherá em seu regaço, para pagar-lhe o amor infinito, que a ela você sempre dedicou. E somente neste dia, menino Brasil,  aquilo que está escrito no Constituição será a mais pura expressão da verdade.
                Seja feliz, menino Brasil! E que em teu caminho tenha a felicidade de encontrar alguém que voluntariamente, sem paga alguma, possa vir ao seu encontro, e estender-lhe a mão, para que assim possa escolher a vereda mais segura, dentre as tantas que se abrem na encruzilhada de sua vida. E este alguém a quem faço referência, é você, homem ou mulher de extremosa bondade, que deixa o seio sagrado de seu lar, e apesar de todas as vicissitudes de sua vida,  sai em socorro de uma classe tão ultrajada, para que sonhos inocentes não se percam pelo caminho. 

O autor






segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Vísceras na Lama

Da decomposição me alimento
Dos restos saem meus sustentos
Vísceras espalhadas em meio a lama
Mais um pedaço grudado no chão, mais um pedaço de "pão"
A carne um pouco apodrecida, não é o ideal... mas já alimentaria esse verme sedento

Mais um corpo devorado
Mais um rosto dilacerado
Em meio ao sangue, alimento essa podre vida.

Mais uma víscera destruida, corroida em meio a lama...
Mais uma carcaça desenterrada de uma dama...


Anderson Lucas

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Estradas do Acaso






Apenas mais um ser traçando seu destino.
Caminhando em plena escuridão
conjecturando cores fluindo de um arco-íris

Sua única aliada é a solitude.
A mesma que acompanhou sua alma inocente agora tingida de preto.
Apenas a solitude, mostrando uma luz artificial lá fora.
E assim o destino penoso esboça uma rota em meio
ao caos.
Mais um ser andando nas entrelinhas do destino.
Mais uma vez as mil faces da agonia é mostrada com esplendor.

Então se descobre que a verdade pérfida
Mais um humano caminhando sem “humanidade” 



Anderson Lucas

Orgulho Pagão





Erga o martelo pagão ao alto com um grito de guerra, pelo meu passado pagão vivo e um dia morrerei....
Com meus costumes bélicos em alta, honramos nossos antepassados com o sangue dos blasfemadores impregnado em nossa espada....
Em nome de Asgaard eu luto, em meio as runas de areia. Os deuses estão ao nosso lado, não temos o que temer que a ERA VIKING comece...
O escudo de madeira acalenta nossa alma, a espada de ferro nos da poder, assim como os deuses derrotaram gigantes de gelo nós derrotaremos os desertores bárbaros, e ao fim celebraremos com um grande banquete em meio à tempestade.

Anderson Lucas

O Espelho




Sucumbido em meio ao caos
tendência malévola brota-se no ar

o lord negro já saiu do seu altar. Restos de carne em meio ao bosque nórdico agora esta profanada. Mais uma alma foi levada! Dor, angústia, desespero Meu cadáver, o seu maior brinquedo.

meu corpo foi amputado
agora minha alma esta sendo levada com certeza será queimada o inferno me aguarda!




Anderson Lucas